The Staves: o Chitãozinho e Xororó hipster

Esqueça todos os trios e duplas sertanejas que o Brasil coleciona há décadas. Nem o talento fraternal Zezé de Camargo e Luciano, ou o de Xitãozinho e Xororó, ou o de Leandro e Leonardo, ou o de Victor e Léo são tão fofoscharmosos quanto o das irmãs Emily Staveley-Taylor, Jessica Staveley-Taylor e Camilla Staveley-Taylor. As moças de Watford, na Inglaterra, formaram o grupo The Staves por volta de 2009, um ano antes do lançamento do primeiro EP da banda, “Facing West”.

A história do grupo começa da forma mais Phoebe-ish possível. As Staves se apresentavam num café local, o Horns, todas as noites. Elas costumavam fazer cover de estrelas do folk. A banda começou a apresentar faixas de autoria própria com o lançamento do primeiro single oficial, “Mexico” em um EP homônimo com outras duas faixas, “Icarus” e “I Try”. Ouça a faixa título abaixo:

Após o sucesso da coletânea, logo as moças se prepararam para escrever um álbum completo de inéditas. O grupo chegou a lançar um segundo single, “Facing West” (a minha favorita), em 2011, antes de lançar outro EP, chamado “The Motherlode”.  A espera por um disco completo encerrou no final do ano passado, quando elas divulgaram o primeiro disco, “Dead & Born & Grown”. Há um mês, a banda lançou o clipe de “Facing West”. Vejam no player abaixo:

 

Quando ouvimos o álbum pela primeira vez, é explícito que as moças sabem construir um disco. Elas fazem a introdução mais romântica e afinada do mundo com a faixa “Wisely Slow” – cujos vocias lembram muito as divas country Dixie Chicks -, passam pela música um pouco mais upbeat e cheia de ukelele “Facing West”, até fechar a obra com “Eagle Song”, faixa com vocais à la Zooey Deschanel.

Encontrei a banda com a ajuda do aplicativo “Twitter #music”. É um app ótimo pra quem procura as bandas emergentes entre os hipsters tweeteiros. Falarei sobre ele em outra hora. Por favor, aproveitem o final de semana com The Staves.

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