Andy Grammer: música pra aquecer o coraçãozinho

Depois de um longo dia na redação (pra quem não sabe, eu sou jornalista), às vezes tudo que preciso é ouvir aquele tipo de música que dá um calorzinho na barriga e faz o meu pé balançar de um lado pro outro. Minha mais recente descoberta (desculpem-me se eu estiver muito atrasado no hype dele), o cantor Andy Grammer, é exatamente o que eu preciso pra ficar feliz.

O segundo álbum do moço, “Magazines and Novels”, é uma mistura linda de country, pop, alt-rock e um pouco mais de country. O primeiro single, “Honey, I’m Good” é tão animada, com letras tão divertidas e cacoetes vocais que fazem você ficar com a música na cabeça o dia inteiro.

aandygrammer1Depois de abrir o disco com um pancadão (na medida que uma música com fortes referências country pode ser, é claro), Grammer vem com um lado mais romântico e vulnerável com “Back Home” e um banjo maravilhoso. Você tá bem de boa, relaxando, quando o Andy explode os fones com “Pushing”, mostrando que ouviu, SIM, Backstreet Boys no passado e que resolveu misturar com algo que o One Republic faria.

Em “Forever” e “Holding Out”, ele mostra que existe uma versão masculina da Meghan Trainor – ele mesmo.  Juro que fiquei esperando pelos vocais dela, mas não rolou, então só posso esperar que uma parceria futura seja realizada entre os dois.

“Remind You” é uma das baladas pop de apoio à pessoa amada mais bonitas que já ouvi. Presta atenção:

And when you’re questioning your worth in the way that we all do
And your version of amnesia starts to seep on through
And you know that you are great but you can’t remember why
I will be there by your side

A música conta ainda com uns sintetizadores estilo Madonna na Drowned World Tour, o que é meio estranho pro estilo que ele apresenta em todo o álbum, mas isso não tira a coesão da faixa ou do disco. Encontrei essa versão acústica pra vocês verem como a música é bonita mesmo:

O lado romântico continua a ser explorado no álbum com “Masterpiece” e “Sinner”. Na última, porém, ele volta às raízes country do início do disco e traz uma faixa um pouco mais upbeat. “Red Eye” é uma música de elevação de autoestima mais bestinha e até a pulo às vezes, mas continua sendo um material interessante de ouvir.

Ok, vamos fazer uma pausa aqui pra perceber como “Blame It On The Stars” é uma faixa que poderia muito bem ser cantada pelo Adam Levine – inclusive, alguns gritinhos e agudos do Andy parecem com os do vocalista do Maroon 5 em “Sugar”.

Eu sempre quis aprender a tocar piano, e “Kiss You Slow” faz eu lembrar o porquê. A música vem com vocais mais intensos de Andy – mas nada nível Christina Aguilera, porque, né? – e é muito bem produzida. O disco é encerrado por “Co-Pilot”, que tem uma vibe bem parecida com a de “Passenger”, da Britney (#referências), sobre como um relacionamento é uma entrega de sua vida para outra pessoa e é preciso confiar nela para seguir em frente. Os sintetizadores level Hot Chip dão a atmosfera de que o disco tá acabando mesmo, como um grand finale, com palmas e um refrão confiante e fácil.

Agora é só voltar e ouvir tudo de novo pra ficar felizinho 😉

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